Como sempre, entrei no metro na estação de Picoas na direcção Odivelas. Regra geral escolho sempre a segunda ou terceira carruagem a contar por trás. Dá-me mais jeito...
O relógio marcava aproximadamente 18 horas e, como sempre, o espaço era pouco para tanta gente.
As portas abrem-se, entro e encaminho-me para o lado das portas que não abrem. Depois de conquistado o meu espaço, levanto os olhos que chocam com uns verdes intensos. Os nossos olhares ficam colados, durante demasiado tempo. 10 segundos chegaram para eu desistir, pois não aguentei tanta cumplicidade e pressão.
Aqueles olhos verdes estavam enfiados numa cara não muito bonita nem demasiado feia. Ela tinha cabelos louros pelo queixo, estavam mal penteados, o seu corpo tinha uns quilos a mais para o meu gosto e estava colocada mesmo junto às portas de entrada.
Na Estação Saldanha - é onde entra mais gente... tanta gente - propositadamente
ou não, a dona dos olhos verdes, após a «redesorganização» usual em cada estação, vem para junto de mim. O cu dela, um pouco farto, fica perto de mim, lateralmente, sem contacto. O canto suave de pele da minha pasta toca-lhe na parte inferior do rego, este devidamente desenhado pelas calças creme justas de meia canela que acabavam nas botas de cano alto castanhas.
E se ela se vira para trás e me dá um estalo? Foi mesmo sem querer...
Comecei a equacionar tocar-lhe com a pasta propositadamente, o meu ritmo cardíaco aumentava e arrisquei! Foi delicioso, pois a pasta funcionou como uma extensão do meu corpo... e ela não reagiu...
Campo Pequeno, nova confusão e novas posições, parecia um Kama Sutra subterrâneo. Já tinha esquecido os olhos verdes - como as paixões voam - agora o centro do mundo era aquele cu farto que por mero acaso pertencia também à proprietária dos olhos verdes.
Neste rearranjo o cu ficou junto à minha arma sexual, a uma distância de poucos centímetros, permitindo a cada pequena oscilação da carruagem o contacto físico, entre o meu caralho, preso nos slips, e a nádega esquerda presa nas calças creme.
A minha excitação psicológica começou a tornar-se física e o contacto intermitente era agora com uma semi-erecção. E ela estaria indiferente ou as oscilações da carruagem eram também desejáveis para ela? Nunca forcei nenhuma oscilação, não quis arriscar, chamarem-me tarado...
Entre-Campos, onde sai toda a gente, para apanhar os comboios e as pessoas se atropelam umas às outras... tive que a atropelar até à saída. Ela não se desviava e eu empurrei-a intensamente com o meu caralho mesmo no rego dela.
Junto à porta de saída ela virou-se, encostou-se à lateral para eu sair e mostrou-me novamente os olhos verdes... agora mais brilhantes...
E assim passaram poucos minutos...
Qualquer semelhança com a ficção é pura coincidência.
Bruno
12 de janeiro de 2006
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