30 de janeiro de 2005

Não à beleza pseudo-padronizada!

Concordo a 119% (100% mais IVA) com a Dove: "Devido aos media e às influências da vida quotidiana, as raparigas de todo o mundo querem ser mais magras, mais altas, mais loiras, terem um peito mais definido. [É necessário] superar esses ideais limitativos ao colocar o mundo da beleza no devido contexto".

A Campanha por Beleza Real é um mimo e pode ver-se espalhada por aí, em outdoors.

Só posso aplaudir.






E quem melhor que o OrCa para oder estes pseudo-padrões?



Às belas feias deste mundo (e do outro, até...):



Ser-se bela é uma balela que nos vendem pela rua

Na verdade a bela é aquela que o meu corpo pressente

E é assim que à beleza cada um chamará sua

Ficando então a certeza de que é bela tanta gente



Esta bela narigueta, aquela bela sardenta

Outra vesgamente bela e outra aquela fortemente



Não se corra por quimeras, silicone ou ilusões

Há quem goste delas feras, há quem ame matacões



Um querer seio menor, um beijar-lhe cada ruga

Um perder-se por sinal, um fétiche por verruga



No amar e no desejo é que o busílis se encontra

Saber gostar de beijar o bigode a uma lontra



No fundo o que mais importa quando se ama a mulher

Não é ver-lhe a perna torta, é a delícia de entrar



Diz quem sabe e é avisado que a melhor queca dada

Não será à bela amada mas à feia apaixonada

Porque aquela tem de sua a dispersão da escolha

Enquanto esta bem sua para encontrar quem a colha



Machismo? Não, é o mundo com seus pequenos defeitos

No fundo, muito no fundo, somos todos imperfeitos



Pois daquele que a feia ama e a quem a feia apetece

Lá diz o velho ditado que bonita lhe parece...



E decerto quererás mais contigo na paixão

Uma feia enlouquecida do que a bela sem... senão!


28 de janeiro de 2005

Senze - revista on-line de moda fetiche



(clica para ampliar)
Recebi um amável e-mail da Suécia pedindo uma menção a esta revista on-line de moda fetiche: Senze

Além da óptima qualidade das fodografias, artigos e publicidade... é gratuita!

4 de janeiro de 2005

Odes no brejo - Lábios de mar

Cada poro do teu corpo
Semáforo dos meus desejos
Cobri-lo-ia de beijos
Inefável criatura
Em teus lábios tocaria
Ao de leve a comissura
Desse mosto de teu ser
A saber de ti o gosto
Como eu gosto!...
E que desgosto
Os outros lábios não ter
Por te não ter minha a gosto
Nem ter de ti o sabor
De te saber maresia

Ah
Se eu pudesse eu iria
Pela rua do teu corpo
Pelas ondas do teu mar

Deixa-me ser o veleiro
Fazer do teu corpo o porto
Onde aporte o meu penar.