30 de novembro de 2006

Uma delícia holandesa para a minha colecção

Recebidinho de fresco, este dildo em porcelana com uma imagem de uma holandesa com um balde de leite e vaquinhas num prado. Segundo o seu criador, como o interior é oco e tem uma rolha de cortiça, pode-se encher com água quente ou gelada, conforme a sensação que se pretender na passaroca.crica para aumentares a bitola da coisa
"Dá ao rabo, dá ao rabo
linda vaquinha holandesa
mexe a língua neste nabo
que te entra na profundeza

nesse prado tão verdinho
onde pastas sem cessar
encontro sempre o caminho
para o teu rabo encontrar

e quando olho pró meio
entre as tuas coxas, vejo
um úbere rosado e cheio
onde deposito um beijo

Mas logo acima me atrai
essa tua cona carnuda
e a minha língua lá vai
em busca da febra desnuda

E o teu mugido tão doce
que me chama para a foda
pede-me que te adoce
e que meta a língua toda

Logo após longa trombada
e tu cheia de excita São
rebolas-te na relva molhada
suplicas pelo meu tesão

E eu logo rogado me faço
fingindo que não me apetece
mas tu, puxando-me pelo braço
entalas-me na fenda que estremece

e os queijinhos c'agentes faz c'a leitaça?
pouco bons, São...

Bartolomeu"


"Soube que deram à São
Objecto de mui fina porcelana.
Que ela usará ao serão
Até ver que a «coisa» engana!
O dildo terá muita utilidade
E pasmem: até água fria e quente.
Mas eu sei que a São terá saudade
Do tempo em que usava gente!
Só não reparei se o «bicho»
Trabalhava a pilhas ou corrente.
Porque se é manual, o «esguicho»
Vai cansar a mão da «gente»!
Mas o pior é se se parte
Naquela agitaSão frenética.
Há-de haver cacos que farte
Naquela função poética!...

"


"Melhéres a coiza mais entença
que aviam de inventar.
Uma pila de faiança,
faz melhéres uma festança
e deixóm o homem pra eu papar.
Beim çei que as á de corda,
com uma pilha ou intão.
Cumo esta que leva leite
Frio ó quente au gosto da Ção
E só mete-lu lá nas covas
nunca perde o tezão.
Vem-se tal e qualemente
basta dar-le um apertão.
Ai çim gaijas, ai ai çim,
Nam çe fassam de rogadas
Vãm pra cama discansadas
Deichem os homes deste broshe pra mim.

Nelo"

27 de novembro de 2006

Rescaldo do 6º Encontra-a-Funda

Houve quem fosse ao 6º Encontra-a-Funda e não se apercebesse, na peça de teatro «Auto Na Tal», que as cabrinhas que os pastores... apascentavam, tinham umas florzinhas bem giras e perfumadas. Aqui estão elas, para que apreciem este par de obras de arte, criação da Margarida das Margaridas e que estão já na minha colecção, ao lado do chourição do preto Ribeiro e das vestes do deus Priapo (do 5º Encontra-a-Funda):

Ai flores, ai flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo? Ai Deus, e u é?
Entretanto, nos regressos do Encontro houve quem me escrevesse umas palavrinhas:

"Venho agradecer a magnífica noite que me proporcionaram e esperar que o próximo encontro seja breve. És uma anfitriã de truz. E muito mais interessante do que eu poderia alguma vez imaginar. Divertida, extrovertida, simpática, bem educada... olha, gostei!
Fresquinha"
Foi uma noite quentinha, Fresquinha

"Obrigado pelo convite!
Cheguei bem a casa, espero que também tenham chegado bem...
Como sempre foi óptimo este 6º Encontro-a-Funda! Boa bebida, boa comida, boa companhia, boas canções, bom teatro, boa estadia, bom passeio, bons golfinhos, bom almoço, boa viagem!
A São é mesmo boa a organizar estes encontros! :-)
Grande abre aço!!
JF"

O mérito foi todo do Pedro Laranjeira. Obrigada mais uma vez, Pedro.

"Amigas, Amigos e afins d'a funda São
Obrigada pela vossa calorosa recepção! Fizemos boa viagem de regresso - mas...
Eu e a A. somos mulheres da Ciência, portanto adeptas do Método Experimental, e só chegámos às respectivas casas às 6 da manhã porque fomos experimentando pelo caminho o equipamento que amavelmente nos ofereceram! Lá a A. não sei (ela não atende o telefone nem o telemóvel, deve continuar muuuuuito «ocupada»...), mas eu tenho de me ir embora que ainda tenho 327 experiências a fazer - ai, ui, que bom!
Boa disposição e beijocas para todos
B."

Para a próxima tenho que pedir à Erosfarma uma palete de pilhas.

"Estávamos os três a divagar:
O Senhor Pedro Laranjeira
E também o Senhor Bartolomeu...
De como havíamos de poetar
Sem ter tamanha canseira
(Ah! e também lá estava eu...)

Inquirimos, e com ardor insistimos
Que teríamos de ter uma musa
Para tantos poemas e prosas.
Aceitamos, mas ainda resistimos
Que tinha de ser, sem escusa
São Rosas, senhores, São Rosas!

"

24 de novembro de 2006

Chiça, que estou toda molhadinha!...

A malta fixe da revista FHM publicou no seu número mais recente um artigo sobre «50 Blogues nacionais que valem mesmo a pena visitar»:

Pois este nosso blog porcalhoto é lá mencionado:

Que pena terem-lhe chamado «AFUNDASAO»... mas um dia ainda hão-de escrever bem «a funda São»... nem que seja quando a minha colecção tiver um espaço aberto ao público... cóf... cóf... cóf...
Entretanto, deixo-te aqui a capa da revista, para que a localizes melhor no quiosque:

22 de novembro de 2006

Nova delícia da minha colecção

Lembram-se de eu falar aqui do João Lemos a propósito das ilustrações do CD dos Gaiteiros de Lisboa? Pois fiz-lhe uma encomendinha... e já a recebi:

Sátiro e freira - João Lemos

"uma folha de fibras de Amoreira birmanesa, na qual desenhei com uma tinta que, a dizer-se da China, provém, em boa verdade, do Japão"

21 de novembro de 2006

Cachimbada

Na colecção da São Rosas há este cachimbo, meerschaum (silicato de magnésio).

20 de novembro de 2006

Resumo (isto é, sumo de novo) do 6º Encontra-a-Funda

Aos 18 e 19 dias ( = 37) do mês de Novembro do ano da desgraça de 2006, realizou-se o 6º Encontra-a-Funda em_terras do Pedro Laranjeira e com um programa preparado pelo Bocage (ou terá sido ao contrário?!).
Muitas fodografias se tiraram e o OrCa foi o primeiro a disponibilizar uma apresentação em imagens, no seu blog Sete Mares. Aqui fica um resumo, para que conste:
Crica para aumentar
Depois de uma visita à Casa Agrícola Horácio Simões e de uma prova de vinhos (a maioria de nós não conhecia mas passou a conhecer o vinho Moscatel Roxo), fomos para o restaurante «Tábua de Salvação» onde fomos repastados com um jantar-ceia de arrebimba o malho (seja lá o que for que isto queira dizer). Ali em cima, onde parece estar uma estátua de Cutileiro, estão a ver rojões com migas. Depois de uma sopa alentejana e antes de um guisado de veado...
Crica para aumentar
O Sãorau começou com as poesias erotico-malandrecas deliciosamente ditas pelo OrCa e pelo Pedro Laranjeira, dos trovadores portugueses da Idade Média até autores contemporâneos, passando pelo Bocage e acabando... em poemas de sua própria autoria. Pelo meio, colaborei lendo o «Fado corrido e falado - a morte de João do Viso», da Encandescente.
A Tuna Meliches - em versão MineTuna - tocou e cantou um poema da Encandescente («Que olhas nos meus olhos») e três poemas do OrCa («D'amor ando», «Cirurgia de escárnio e maldizer» e «Amor em novas tecnologias»).
As luzes apagaram-se... e a Arcanja Gabi veio dar a boa nova à virgem Maria, que serzia uns peúgos: ia começar o «Auto Na Tal». Em cima, o burro e o boi, fundamentais com "os seus bafos e as suas bufas" para o bem estar dos figurantes, numa época em que ar condicionado nem sonhá-lo.
Crica para aumentar
A boa nova também foi transmitida aos pastores, que apanharam um cagaço já que estavam a comer umas cabras quando lhes apareceu o chefe dos anjos. Estavam... quero dizer, estava, porque um dos pastores estava a dieta e "era mais voyeur". Só ficou a ganhar, porque a cabra, no meio da abocanhadela, rompeu as calças ao outro pastor. E este teatro que não é subsidiado...
Crica para aumentar
O menino Jasu, que nos ensaios anteriores tinha sido alimentado a tintol, teve que se contentar com um refrigerante, já que não lhe dava jeito, na posição fetal, beber vinho por um jarro. O José bem quis ganhar dinheiro com aquele quadro tão lindo, publicitando a página www.manjedoura.come e cobrando a quem quisesse tirar fodografias, mas consta que não lhe pagaram um tusto. A narradora, lá atrás, bem tenta falar sem se rir, mas é um esforço inglório, com as figuras que este figurões faziam.
Crica para aumentar
Na manhã de domingo fomos passear ao Sado para ver golfodinhos. E eles apareceram. Até deu para reparar que são bichos que têm cara de caralho. A fodografia do OrCa, aqui em cima, mostra que um tarado vê erotismo onde outros não vêem um boi (nem um burro).
Crica para aumentar
Depois de um almoço de peixe grelhado variado, houve quem apresentasse e distribuisse presentes pelos presentes (que giro, "presentes pelos presentes"...) da Erosfarma, desta vez com pilhas incluídas. O OVNI (objecto vaginal, nadegal e intersticial) da imagem foi o que fez mais sucesso. Não, não é o vermelho que está pendurado na parede!
Quem o levou saiu mais cedo para comprar um saco de pilhas numa área de serviço. Aguardamos relatório circunstanciado (não confundir com circuncisado) para podermos encerrar esta acta.
A bem da Dona São

17 de novembro de 2006

acróstico - Elmano Sadino

(Pois que rumamos a Setúbal, para dar um abraço a Bocage, aqui lhe vou deixando um aceno...)


Era talvez ‘inda mais pobre que Job
Linguarudo, putanheiro e atrevido
Mas zurzia de alma viva e sem ter dó
Algum traste vil ricaço e convencido
No alento que lhe dava a força só
O gládio de palavras construído

Sacripanta, pinga-amor e beberrão
Anedotas lhe fizeram mais de mil
Dir-se-ia do Bocage fanfarrão
Ir por mais certo parar a cova vil
No entanto dando ao povo o coração
O poeta fez-se dele tal qual Abril.


Última chamada para o 6º Encontra-a-Funda

(sim, ainda te podes inscrever)

O Pedro Laranjeira é amigo do OrCa e avisa-o para oder mas não se deixar oder:

"Vai lá, vai, e dá-lhe abraços, mas com todas as cautelas
Nunca lhe vires as costas nem deixes de te cuidar
que aquele rapaz de Setúbal, pouco dado a bagatelas,
dizem praí as más linguas que não era de fiar..."

15 de novembro de 2006

Não há que enganar!

crica para dilatares a coisa
Diz o Bruno B. que o Sãorau do 6º Encontra-a-Funda é próximo deste anúncio. Quem quiser, ainda está a tempo de se inscrever (para todo ou parte do programa). Há quem vá só ao jantar e Sãorau... ou só ao passeio dos golfodinhos... ou só ao almoço do domingo. Ah! E a Erosfarma já me fez chegar umas prendinhas para a malta... hmmm...

14 de novembro de 2006

Em tempos de romagem à terra do Bocage nada como dar o mote…


SONETO DE TODAS AS PUTAS

Não lamentes, oh Nise, o teu estado;
Puta tem sido muita gente boa;
Putíssimas fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes putas têm reinado:

Dido foi puta, e puta d'um soldado;
Cleópatra por puta alcança a c'roa;
Tu, Lucrécia, com toda a tua proa,
O teu cono não passa por honrado:

Essa da Rússia imperatriz famosa,
Que inda há pouco morreu (diz a Gazeta)
Entre mil porras expirou vaidosa:

Todas no mundo dão a sua greta:
Não fiques pois, oh Nise, duvidosa
Que isso de virgo e honra é tudo peta.

E tu, já te inscreveste para afundares no 6º Encontra-a-Funda? Só se arrepende quem não vai...
Entretanto, o ode o Bocage (ah, valente!):
"De sílabas, de letras, de fonemas
se faz a escrita. Não se faz um verso.
Tem de correr no corpo dos poemas
o sangue das artérias do Universo.

Cada palavra há-de ser um grito.
Um múrmurio, um gemido, uma erecção
que transporte do humano ao infinito
a dor, o fogo, a flor, a vibração.

A Poesia é de mel ou de cicuta?
Quando um Poeta se interroga e escuta
ouve ternura, luta, espanto ou espasmo?

Ouve como quiser seja o que for
Fazer poemas é escrever amor
e poesia o que tem de ser é orgasmo.

Dão-se alvíssaras!"

O Bartolomeu também gosta de andar de mote:
"Alvíssaras dão-se ao que entrega
coisa que andava perdida
não me digas Zé, que na refrega
perdeste a cona fodida?

Bocage, há bem mais anos
não as perdia assim
Fodia-as sem causar danos
do princípio até ao fim

E tu, meu nobre Zé
ilustríssimo gramatical
já deste uma foda de pé
enquanto lias o manual?

já comeste um bom rabinho
alçado entre duas nalgas?
ou lambeste o bom grelinho
sem dares fifias ou negas?

Meu bom amigo José
tanto sabes de fonemas
agiganta-te, bate o pé
fode brancas e morenas

porque aqui, na afunda São
só não fode cona o Nelinho
não por ele não ter tesão
mas porque lhe foi pró rabinho"

11 de novembro de 2006

Playboy's (in)digest


Galeria de fotos da Playboy brasileira
de 1999 até agora

(enviado por Lamatadora pelo grupo de mensagens da funda São)

A propósito desta capa de Setembro de 2006... o Tiko Woods, com muita pena nossa, ainda não é desta que vai ao 6º Encontra-a-Funda (informação do amigo Bica Bornato). Mais alguém quer divertir-se e conviver? Já somos 33 e ainda há lugar para mais. É só escreverem-me. O Dom OrCa ode qualquer número. Neste caso, os 33 inscritos até agora:

"trinta e três, tal qual o Cristo
trinta e quatro que virão
trinta e cinco é mais que visto
que trinta e seis lá estarão

trinta e sete que seremos
trinta e oito por bis-coito
trinta e nove comeremos
um quarenta mais afoito

depois de quarenta cem
depois dos cem um milhão
alguém já atentou bem
quantos vão à Funda São?"

10 de novembro de 2006

Palavras Mutantes - da Encandescente

A Polvo lançou o terceiro livro de poesias da Encandescente... a nossa Centinha, que adora gatôs, òrdôvres e outras delicàtessen.
«Palavras Mutantes» inclui vários poemas que já tínhamos apreciado aqui, como este, que vale sempre a pena reler (sem interrupções):

Coitus Interruptus

Já li poemas eróticos com palavras tão complicadas
Que entre o decifrar da cópula e a busca do dicionário
Perdi o tesão de ler!
Já li poemas, que supunha de amor
Em que no fim fiquei a pensar:
Afinal... Ele disse: Eu amo-te...?
Ou o gajo odiava a gaja?
Posso ser simplista
Conhecer poucas palavras
Ser até considerada inculta.
Mas quando a palavra é
Tão intelectualizada
Complicada e racionalizada
Que precisa ser decifrada
Fecho o livro
Digo merda
Mando quem escreveu
Para o raio que o parta
Precisava complicar tanto
Que perdi o tesão de ler?

E o arrepio na espinha quando leio este poema, que não conhecia ainda?

Sabes

Sabes a leveza da brisa quando toca nas flores?
O sabor morno do suor num dia quente de Agosto?
O trovejar abafado da tempestade que longe
Quase foi?
Quase era?
Sabes da vontade que cresce no ventre?
Se torna arrepio e se torna corrente
Que sobe no peito que fica nas coxas?
Esperando...
Os teus dedos brisa num dia de Agosto,
O ar morno que exalas bebendo o meu gosto
E o trovejar abafado entre as minhas
E as tuas pernas.

Para comemorar os 3 anos da funda São e os 3 livros da Encandescente, podes comprar o conjunto «Encandescente», «Erotismo na Cidade» e este «Palavras Mutantes» com um desconto de 10% sobre o preço de capa (€ 21,33 + portes de envio). Escreve-me para encomendares.

9 de novembro de 2006

Parabéns, Zé!


visita nº 900.000

O enviou-me a prova de ter feito ontem a visita nº 900.000 ao blog. Como forma de agradecer a trabalheira que teve a fodografar o momento e a enviar-mo, ofereço-lhe um desconto de 50% numa encomenda que queira fazer de t-shirts da funda São (até ao limite de 3 t-shirts, em cor branca). Ainda lhe ofereço os portes, que merece. Zé, crica na imagem e escolhe a(s) t-shirt(s) que queiras, que só pagas metade do seu valor, sem portes.

Oferta válida até 15 de Novembro de 2006, sujeita ao stock existente (sempre quis dizer isto).
há pr’aí vozes maldosas ratando na matahary
(em tom de pura invenção, sem saberem nada dela),
quadrilheiras mentirosas que dizem à boca-cheia
que ela só vai ao jantar na tábua de salvação
por lhe ficar muito à mão, a um pulo de palmela
é pura difamação de gente mal educada
que até mesmo a própria são, vem longe, da mealhada,
e muitas outras pessoas, o orca e a margarida,
o goto com a gotinha mais a gota pikininha
a berta, o mário, a fresquinha, o rafael o carvalho,
todos eles vêm de longe, vão viajar pa caralho
e chegar todos à hora de jantar alentejano
com trovadores do barreiro donde vem a laranjeira
com jf e fanã a correr pla estrada fora
pa conhecer a pandora qu’é uma gaja de primeira
(assim diz o paulo moura, de coimbra às àguas dele)
portanto não quero bocas sobre quem, donde e porquê
mais perto daqui sou eu mas também fui à ribeira
e lá vi a matahary, a lola e a tuna toda
é testemunha o sirhaiva que se veio a essa boda
como agora se vem nesta por muito longe que seja
é assim que se faz festa,
pra ser coisa que se veja!

E tu, ainda não te inscreveste no 6º Encontra-a-Funda? Podes fazê-lo só para parte do programa. Como ode o OrCa:
"Ir ao encontro d'a Funda
que é de Pedro e Laranjeira
não é de rameira imunda
nem de chuleco à maneira

é de Bocage, carais,
de fina e alta cultura
em que vários animais
farão da língua a mistura

e se algum "porra" soar
algum "foda-se" ou "caralho"
a mal não há que levar
é a língua em seu trabalho

pior fora porventura
- mas não consta nos anais -
que alguma criatura
desse por traque sinais

benvindo era ainda assim
usar tal código Morse
que a falar - tenho p'ra mim -
se entende a gente... of course!"

8 de novembro de 2006

Hoje tou a fazer beicinho!!!
Tou memo tiste!
Atão o gajo chamava-se Maria, comia gajas e não era fufa, comia gajos e nem tinha cona... e agora, já a fazer tijolo e sem que a dita se lhe endireite mais, ainda me fode a mim...?
Tenho que fazer uma cena de ciúmes!
Atão a minha kida Sãozita no princípio dizia que o 6º Encontra-a-Funda era em terras do Pedro, agora já é em terras do Bocage...?!!!
Já não se pode ter a suprema glória de ser taberneiro alentejano num sítio escondido no meio de coisa-nenhuma sem que um rebenta-tampos de antanho nos roube os pergaminhos...?!!!
Ora porra!
Tou tiste!
A Sãozita pôs-mos!
Tou a fazer beicinho!
Se o encontrão é em terras do Bocage, vamos todos encontrar-nos numa tarde mijando ao vento e eu já não digo o meu Cântico Vivo, como disse no Porto, já não não partilho com mais ninguém a minha épica elegia à punheta!!!
Pronto!
Tou a fazer beicinho!!!
(beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho) (beicinho)

6 de novembro de 2006

2 de novembro de 2006