25 de setembro de 2007

Caldas sempre!


capa do livro

Neste paisito em que tudo o que se faça de mais arrojado "parece mal" e "é pecado", fazem falta projectos como o Pilocaldas, desenvolvido no passado ano lectivo por um grupo de estudantes no âmbito da disciplina de Projecto Cultural I da ESAD - Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. No início, o Pilocaldas previa unicamente uma exposição em paralelo da louça típica - o falo (sim, sim, o caralho!) das Caldas - e de projectos artísticos de alunos da ESAD sobre a mesma.
Mas as Caldas têm muito mais riqueza cultural para dar. O grupo de trabalho alargou-se (à Filipa e à Rita juntaram-se a Elsa, a Gisela, a Liliana, a Marta e a Vânia) e, com o apoio do professor da disciplina, Mário Caeiro, de outros colegas, professores, entidades públicas e privadas, fizeram trabalho de pesquisa, convidaram autores para escreverem sobre erotismo, organizaram uma visita à olaria do sr. Agostinho, realizaram uma conferência e, como conclusão do projecto, publicaram o livro «Do Proscénio de Plauto ao Plateau da Playboy - De Ovídio ao Homevideo - Uma Compilação Erótica», disponível para venda só no Centro da Juventude das Caldas da Rainha. E "compilação" é aqui uma palavra bem aplicada nos seus (e nos nossos) sentidos.
A Câmara Municipal das Caldas da Rainha apoiou o projecto Pilocaldas, como também já manifestou interesse em criar na cidade um espaço de exposição para a minha colecção de arte erótica (assim haja um tempinho da minha parte para elaborar um projecto de protocolo).
Voltando ao livro, tem 14 textos de diversos autores sobre a sexualidade, o amor, o erotismo e a pornografia ao longo dos tempos... e no nosso. Um dos textos, de Pedro Antunes, faz uma homenagem muito merecida ao sr. Agostinho, que assume com orgulho ser o "Chico das Pichas". Só espero que nunca deixe de haver condições para que esta riqueza do nosso património cultural desapareça um dia.
Como se não bastasse, com o livro vem uma folha de autocolantes com variações sobre o falo (sim, sim...):


Cock-Stickers - Cláudio Sousa

14 de setembro de 2007

Dá-lhe Música


Tributo a Serge Gainsbourg

Homenagem do Canal+ francês "ao homem que
trouxe uma nota erótica à música pop francesa"

A Corpos e almas relembra-nos Je T'aime (Moi Non Plus),
de Jane Birkin e Serge Gainsbourg:
"(...)
tu vas et tu viens
entre mes reins
tu vas et tu viens
entre mes reins
et je
te rejoins
(...)"




"chiiii a quantidade de calças que eu esporrei ao som disto..."
Bartolomeu

Outras Coisas

Desenho a pastel da minha colecção

Ao vivo é uma delícia... hmmm...

«Head» - Rachel
pastel sobre cartolina

(só para maiores de 18 anos)

13 de setembro de 2007

Naturismo, mens sana in corpore sano

O Pedro Laranjeira, membro (ben)emérito da fundiSão, além de jornalista, radialista, escritor, poeta,... e até actor, é um adepto do naturismo.
No número mais recente da revista Perspectiva, de que é director editorial, o Pedro Laranjeira escreveu um texto entesantíssimo (sim, sim, eu disse interessantíssimo) sobre o naturismo, que está disponível on-line na página internet da revista. Apresenta ainda uma compilação e roteiro de praias oficiais naturistas portuguesas e outras onde o nudismo é habitual. Recomendo que leias esse texto com uma atenção especial, já que o naturismo é, de facto, uma causa pela qual vale a pena lutar.
Deixo aqui alguns excertos:
O naturista não defende um regresso utópico às origens, mas um posicionamento saudável no eco-sistema a que pertence. É no equilíbrio dessa posição que reside a sua filosofia e a sua atitude perante a natureza, o corpo e os outros, optando pela vivência do lado natural das coisas, ajudando a enquadrá-la - e a enquadrar-nos - na moldura cada vez mais difícil de uma vida sintética, plástica e divorciada da terra.
O nudismo, fortemente associado aos movimentos naturistas, é uma consequência óbvia e a face visível das práticas de convívio com a natureza.Porém, nem todos os nudistas são naturistas, nem todos os naturistas são nudistas.Razões culturais levam muita gente que defende uma vida baseada em princípios naturais a não se sentir confortável sem roupa. A esses, deve-se o respeito e a tolerância a que têm direito.
A roupa tem toda a legitimidade como enfeite (aliás com um estatuto quase cosmético derivado da moda e da vaidade) e tem toda a utilidade também como protecção contra o frio e as intempéries... mas é artificial, não nascemos com ela - nascemos, sim, com a pele que nos cobre, com a nossa nudez e a naturalidade normal do aspecto que temos.
O naturismo está regulamentado em Portugal há 13 anos, pelo Decreto-Lei 29/94, que o define como "o conjunto das práticas de vida ao ar livre em que é utilizado o nudismo como forma de desenvolvimento da saúde física e mental dos cidadãos, através da sua plena integração na natureza" e prevê a criação de espaços destinados à prática do nudismo, que define como "praias, campos, piscinas e unidades hoteleiras e similares". A criação desta lei deve-se ao esforço de Pedro Geraldes Cardoso, pioneiro do associativismo naturista em Portugal.
Existem mais de cinquenta mil portugueses assumidamente naturistas, mas não estão reunidos em torno de iniciativas que os unam e organizem, de uma forma expressiva, à semelhança do que sucede noutros países.
Só se justifica falar de naturismo e nudismo, não pela sua essência de princípios, mas pelo desvio que a sociedade introduziu à nossa convivência natural connosco próprios. São setecentos anos de obscurantismo derivado essencialmente de princípios pseudo-religiosos que introduziram na cultura humana o pudor do corpo. Basta recordar que na idade média (e na literatura portuguesa) se chamavam vergonhas aos genitais... embora todos tenhamos nascido deles! Mas nem a religião justifica o pudor: os antigos cristãos eram baptizados nus... e, como soe dizer-se, "se Deus quisesse que andássemos nus, tinha-nos feito nascer sem roupa!"... Na Grécia antiga os atletas competiam nus, os banhos romanos eram mistos e públicos, etc.
O mais curioso desta evolução social é que, ao contrário de milhares de normas, regras e leis, que obrigam à obtenção de licenças especiais para aquisição de bens ou práticas exteriores a nós, o naturismo introduziu na lei precisamente o contrário: não é preciso nenhuma licença para usar roupa, mas a lei limita e regulamenta o nosso direito "a não a usar". (será que algum dia chegaremos a uma sociedade em que seja preciso ter uma licença para não possuir uma arma de fogo?...)
Passatempo: tenta descobrir o traidor à causa.
"Que espírito será tão cego e vazio que não entenda que o pé humano é mais nobre que o sapato que o calça, e que a pele humana é mais bela que as vestes com que a cobrimos?" - Miguel Ângelo (1475-1564)
"A impureza do corpo não se relaciona com a nudez, parcial ou integral, que nem sempre é impúdica. Se alguma pessoa se valer da nudez para tratar alguém como um objecto de prazer, então é essa pessoa que comete um acto impuro. A nudez do corpo não tem qualquer relevância, excepto quando desempenha um papel negativo em relação ao valor da pessoa. Mesmo quando a nudez está relacionada com um acto carnal, a dignidade permanece preservada. O impudor nasce da vontade de reduzir uma pessoa, por causa do seu corpo e do seu sexo, a um mero objecto de prazer. O corpo humano não é impúdico, nem o são as reacções de sensualidade a ele. A nudez do corpo não pode ser considerada impura, quando existe uma razão para ela." - João Paulo II, in "Amor y Responsabilidad", Madrid, Editorial Razón y Fe, pp. 211-213
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Adenda útil do OrCa, que seguiu a recomendação do Luis Vaz de Camões e foi experimentá-lo antes de julgá-lo: "Nestas coisas como em quase tudo, nada como experimentar... Posso dizer que me surgiram alguns problemas menores, rapidamente ultrapassáveis, entretanto: o escaldão do primeiro dia nas partes fudengas, pouco habituadas à exposição solar; o «efeito de pica-pau» perante alguma proximidade mais apelativa; o «efeito contrário», em contacto com a água gélida (que levou até a questionar-me se não me teria caído alguma coisa no mar...). Mas rapidamente um tipo se habitua e é uma alegria libertadora. Apontamento final: em praia, ter sempre atenção em não deixar areia no rego, pois prejudica a condução de regresso a casa".

11 de setembro de 2007

Terrorismo e guerra são pornográficos!


New York, 11 de Setembro de 2001
Pornografia!


Iraque, depois de 11 de Setembro de 2001
Pornografia!


Iraque, depois de 11 de Setembro de 2001
Pornografia!

8 de setembro de 2007

Desenhos originais de uma revista humorística norte-americana...

... «Sex to Sexty», que já não é publicada.
Adooooro este tipo de trabalhos, sabendo que foram reproduzidos em revistas, livros ou na internet, mas eu é que tenho em meu poder o original.
Quem me dera que o José Vilhena, que admiro desde os meus tempos de adolescência, tivesse respondido às minhas tentativas de contacto, para poder ter também na minha colecção pelo menos um desenho original dele...

"Mikal, it's so much more fun posing since you've started working with water colors."
("Mikal, é muito mais divertido posar desde que começaste a trabalhar com aguarelas.")
Clem Scalzitti

"You and your 'Just a little bit more'! Now we've missed Noah's Ark!"
("Tu e o teu 'Só mais um bocadinho'! Agora perdemos a Arca de Noé!")
Bill Riley

6 de setembro de 2007

Há lá coisa melhor que uma peça de arte erótica da minha colecção?

Agora há: um par!

1 e 2

(só para maiores de 18 anos)

Sapatilhas Van pintadas à mão, feitas por encomenda... hmmm...

4 de setembro de 2007

Desenho original de uma página de um livro de banda desenhada

Mais uma delícia da minha colecção...

Louis Paradi, 1989
Tinta da china sobre cartolina

1 de setembro de 2007

inconcebível, diabólico e inaceitável


Livro para crianças: um livro que, entre muitas outras aberrações,
ensina a "prevenir" que os nossos filhos venham a ser homossexuais.